quarta-feira, 27 de maio de 2015

Memórias (1)

Muitas são as vezes em que me ponho a lembrar como foi quando decidimos ter-te.
Foi no verão de 2011. Nesse Agosto tínhamos tido uma cadela labrador cá em casa, já que os seus donos haviam ido de férias e não a podiam levar. Quando ela voltou para casa, sentimos saudades. A minha mãe não queria um cão. Mas eu e o meu pai conseguimos convencê -la. No dia 30 de Agosto tanto lhe mostrámos o site do criador que ambos tínhamos gostado que ela acabou por ceder. 
Entramos os 3 no carro e fomos até à quinta. Tinham nascido 9 cachorros. Tinham 3 dias, tinham nascido dia 27. Podíamos escolher. Quisemos uma fêmea, preta. 
Viemos para casa, sem te ter visto. Eras muito pequenina para ser possível isso. Escolhi o teu nome. Sabia que tinha de ser aquele. Coral. Um nome com um enorme significado para mim. Um nome especial. Coral.
Só podias vir connosco após as 9 semanas. Tínhamos de esperar 9 semanas. Lembro-me de nessa noite, no dia 30, não ter dormido com a emoção de termos decidido ter-te.
Passámos as 9 semanas a arranjar-te uma cama bonita (que estragaste em poucos meses), bebedouro, papinha, brinquedos. Passei 9 semanas a sonhar.
O teu criador disse para te irmos ver às 7 semanas, para te escolhermos. Quando lá chegámos, estava lá o casal que ia levar também uma fêmea preta, a tua irmã. Só havia duas pretas. Eles iam escolher primeiro. Mas, e se escolhessem a mesma que nós? 
Não foi isso que aconteceu. Porque tu é que nos escolheste. Vinhas com a tua irmã. Tu eras mais magrinha e estavas toda molhada no pescoço. Olhaste para nós e não saíste de perto de nós. A tua irmã andava a saltar entre o outro casal e nós. Mas não tu. Tu estavas ali, a olhar-nos. A sorrir. Eras tu. O outro casal escolheu a tua irmã. E tu escolheste -nos.
2 semanas depois, num sábado de manhã, fomos buscar-te. 
O teu criador pôs-te no meu colo. No meu. Estavas ali nas minhas mãos. E senti-me tão feliz. 
Durante o caminho, no carro,  não choraste, não ganiste. Nada. Vieste sossegada. A receber festas. Tão linda. 
Chegaste a casa e sabias que era a tua casa. O teu lugar.
Passaram quase 4 anos. E fui sempre tão feliz contigo e graças a ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

QUe memória tão querida Olivia :)
Nasceram no meu dia de anos ahah :D